Maquiado pela dor que eu sofri há um tempo
Expresso na minha própria face o meu pior momento
Pensei em não voltar de lá, mas eu morri faz tempo
Em uma geração de números, onde até o eterno é efêmero
Repousei na minha própria cólera
Negando a vontade de tirar a fera da coleira
Quem nasce enxergando as almas
Não quer as palmas
Subi tão alto porque as vozes me falaram sobe
Se eu for forte, as mesmas podem me chamar de esnobe
A ponto de condenar o que qualquer um teria feito
E o meu defeito é sempre o orgulho acima do peito
Como se eu fosse uma casca vazia
Em busca de utopia, na minha monotonia
Na superficialidade das camadas, que eu
Transbordei me venceu
Esses demônios querem a célula de Deus
Nem que eu me destrua e reconstrua numa prece
Juntando meus cacos o meu eu desaparece
Ainda que eu pudesse te falar
Há dias é que dentro não parou a chuva
Eu olho no espelho e não enxergo nada
Como se tivesse alguém no meu lugar
Eu não sou um monstro
Amo mais do que eu demonstro
Você não vê meu rosto
Só uma armadura que eu construo
Nem que eu me destrua e reconstrua numa prece
Juntando meus cacos o meu eu desaparece
Eu fui redento por aquilo que eu acredito
Meus sonhos, são só as vírgulas da vida, aliás
Até onde você iria pra salvar uma, já que
Nenhuma dor é tão única pra que seja sentida sozinha
Eu vejo espíritos jovens, lamentações velhas
O tempo passando na tela
Escorre pelas mãos como areia
E morra como quem quer viver
Demônios querem uma célula de Deus
Você
A camada da camada e o tempo desgasta
O fuligem nos olhos, e meus manos querem lutas clássicas
Fiz rap, desde criança quando eu sabia nada
Mesmo mais velho, eu ainda aprendo com essa nossa saga
Cravando o peito com amor, mas era uma espada
Voltei mais forte pelo amor, empunhando minha alma
O manto preto só se abre o que mais contrasta
Debaixo das camadas te mostro a minha máscara
O que levo nesse peito um buraco desaba
Pra ficar mais forte, busque força nas minhas palavras
O nome da minha força, o nome da minha arma
Conhecer assim para entender sua área
Mil líderes com peças penduradas, é
Íngreme sem igual, toda caminhada, é
Santo, mas o telhado de vidro não se salva, é
Pronto mas o amanhã vem tanto que te abraça
Redento, muito sentimento
Vem te libertar desse vazio que vem de dentro
Entendo, tudo tem seu tempo
Para te libertar também preciso ser exemplo
Redento, muito sentimento
Vem te libertar desse vazio que vem de dentro
Entendo, tudo tem seu tempo
Para te libertar também preciso ser exemplo
Naquele dia choveu, choveu, choveu, choveu
Naquele dia choveu, choveu, choveu, choveu