Diretamente da Roma negra
A velha Bahia
No tabuleiro das quituteiras
Brilha um sonho de alforria
Na luta dessas mulheres guerreiras
Na força dos penduricalhos
Construíam sua identidade
Seja em ouro ou prata
Conquistaram sua liberdade
É negritude, riqueza ancestral
A joia que enfeita o meu carnaval

No poder da nossa essência
Sob o toque do adajun
Dos malês a influência
É o ferro de Ogum
No corpo retinto
A fé em cada orixá
Chocalhando na cintura

Empoderamento feminino
Herança de Nzinga, a mãe das rainhas
É inspiração pra tantas pretas
Fulôs, madalenas
Marcelinas e mariquinhas
Axé, para proteger de todo mau olhado

Hoje maricá é resistência
Querer vencer nunca foi pecado

Que os berenguendés e balangandãs
Tragam proteção para um novo amanhã
Tem berengendés e balangandãs
Pra União de Maricá ser campeã