E Maria, sou Maria Mariah
Dentre todas as Marias
Ser a voz de todas elas, é missão! É despertar!
E Maria, Sou Maria Mariah
Pelos Becos da memória
Volto ao Pindura-Saia, Poesia mora lá
Desenhei um Sol no chão
Na cor do espelho da Rainha
Os olhos d'água de Oxum
Iluminam o belo rosto de Mainha
Os olhos d'água de Oxum
É luz que brilha na Serrinha
É batuque, É congada! Brilha forte meu Adê
Rosário de pedras negras, pra rezar no Cangerê
E no toque do agogô, essa negra tem poder, Yalodê
Na folha em branco, a vida se despiu
Palavra é flecha! É luta! É reza!
Meninas de trança, graveto na mão
Fazendo oração, pra cuidar de quem preza
Assim, Seguimos tecendo a canção
Império berço dessa resistência
Meu lugar de fala, não vai silenciar
Minha força! É meu Dom, Escrevivência
Ébano enfeitado em ouro e marfim
Axé do Orum que habita em mim
Honrando Yvone, Tia Eulália lá vou eu
Honrando Yvone, Tia Eulália lá vou eu
Sou a ancestralidade, a sua filha venceu
Sou mulher preta, que resiste sem tombar
Toda Flor-do-mulungu, tem um quê de Ponciá