Rio grande velho das bailantas campesinas
Das querumanas dos fundões dos cafundós
Lá onde a noite de candieiro se ilumina
Numa vaneira de fazer subir o pó
Fandango Taura donde a cordionita chora
E cada quera vai com a roupa que tiver
Lá onde o sul pode inté dançar de esporas
Num baile chucro num galpão de Santa Fé
E o fole vai e o fole vem
E a gente vai e a gente vem
Onde tem gaita o Rio Grande vai também
E o fole vai e o fole vem
E a gente vai e a gente vem
Onde tem gaita o Rio Grande vai também
Lá tudo é simples porque o pampa não tem luxo
Canha na guampa e umas boteja da Argentina
Fandango Taura que é alegria do gaúcho
Que se entrevera pelo olhar de alguma China
Campo do fundo dos confins destas estâncias
Que permanece por ser pedra e coronilha
Fim de semana sempre tem uma festança
Num rancho aceso sobre o lombo da coxilha
E o fole vai e o fole vem
E a gente vai e a gente vem
Onde tem gaita o Rio Grande vai também
E o fole vai e o fole vem
E a gente vai e a gente vem
Onde tem gaita o Rio Grande vai também