Perdoa, esse meu jeito teatino
Que sempre trompa o destino
Sem querer acompanhá-lo
Perdoa, o meu coração aflito
Que quis o pago bendito
Um ranchito e bom cavalo
Perdoa, esse meu jeito de fora
Que a cantilena da espora
Ritmou sem maestria
Perdoa se te quero, mas não digo
Pois nem ao melhor amigo
Das paixões eu contaria
Perdoa, essa falta de juízo
Se de ti tanto preciso
E minha boca se cala
Perdoa, se por rude sou sincero
E hoje digo que te quero
No compasso que se embala
Perdoa, o tempo que não foi nosso
Pois voltar eu já não posso
Refazê-lo não podemos
Mas ouça: O ranchito está arrumado
Pra que o amor venha dobrado
Pelo tempo que perdemos