Sua cor não pode ser o seu pesar
300 anos a fim, dor e humilhação
Cruéis correntes que amarram os seus destinos
O escravismo, dignidade usurpada
Navios Negreiros vindos da África
Trazem mortes e pestes em seus pútridos convés
Os ventos conduzem as velas às Américas
Junto a degradação do ser
Senhores de Engenhos
Controlam todo o poder
Mercantilismo Europeu
Traficantes de escravos
Todos os impostos pertencem a coroa
A mão de obra indígena já não lhes serve mais
Toda economia envolta em sangue negro
Quilombolas, retomando a dignidade
Sua cor não pode ser o seu pesar
Manchadas estão nossas vidas
Vazias, frias
Aprisionados por correntes
Indigno, Impuro
Três séculos em senzalas
Dor, vergonha
O racismo idealizado
Luta e resistência
Senhores de Engenhos
Controlam todo o poder
Escravismo Europeu
Somos a eterna colônia