Quando as léguas de lonjura têm
Toda minha saudade
Que no passar da idade
Cada vez mais ela brota neste tempo veterano
Vou galopeando lembranças
Que nos meus dias, criança
A minha vida lhe adota
Parceiro dos verdes campos
Deste meu Rio Grande antigo
Chucro galpão primitivo
Cordeona alçada e um borralho
Cavalo bom de arreio
Camperiada e recoluta
E o gosto da vida bruta
Tendo um poncho de agasalho
A velha faca prateada
No respeito e do bom corte
Uma oração todo dia
Alinhavando minha sorte
A consciência por doutrina
Da Querência e do intento
E a tradição gaúcha
Se adona do pensamento
Dos punhados de andanças
Vem gaita por parceira
Lampião que acende a fogueira
Faz brilhar brotando amores
Nos costumes e bordejos
Amadurecendo a ideia
Acalmando a alma véia
Coração levando as flores
Já camperiei existências
Por todo pago bendito
A palavra é um infinito
Que engrandece a história
Nas tropilhas da verdade
Vem no semblante estampada
A semente aqui plantada
Na mais monarca memória
A velha faca prateada
No respeito e do bom corte
Uma oração todo dia
Alinhavando minha sorte
A consciência por doutrina
Na Querência e no intento
E a tradição gaúcha
Se adorna no pensamento