Ei, ei, segura que o mato chamou, fio
Hahaha, cê sabe, né?
Acabou o verão, cê voltou da praia
Mas aqui o calor é da brasa que nunca falha
No cheiro da terra, o Sol bate no couro
E o coração bate no peito pedindo de novo
A S10 tá de farol na cancela
No banco de trás, saudade amarela
Chegou na porteira, desceu devagar
E eu só pensei: Hoje eu vou me complicar
Porque quando cê bota aquele chapéu
A Lua baixa pra ver
O agro inteiro sabe
Que eu desarrumo por você
Bota o chapéu que eu volto pro mato
No embalo do beijo que cê me deu
No toque da cintura, o mundo para
E o barro do chão ferveu
Bota o chapéu que a noite é nossa
A viola tá chorando lá no galpão
E quando o grave bater no asfalto
A poeira levanta com o meu coração
Ai, ai
Se eu sumir, já sabe onde eu tô
No pescoço, sou cowboy! No seu pescoço, cowboy!
No meio da pista, seu riso me laça
E eu que jurava tá solteiro, desgraça
Cê gira, encosta, prende meu olhar
E o povo já fala: Hoje a laçada vem!
Tem fogueira acesa, tem pinga gelada
Tem promessa feita e desfeita na madrugada
E eu só confirmo o que o céu já contou
Quando cê chega, o mato vira amor
Segura na minha mão, que o tempo passa lento
O som estoura, e o mundo vira vento
Bota o chapéu que eu volto pro mato
No embalo do beijo que cê me deu
No toque da cintura, o mundo para
E o barro do chão ferveu
Bota o chapéu que a noite é nossa
A viola tá chorando lá no galpão
E quando o grave bater no asfalto
A poeira levanta com o meu coração
Ai, ai
Se eu sumir, já sabe onde eu tô
No pescoço, sou cowboy! No seu pescoço, cowboy!