Um era novo demais para aprender
Outro era velho demais para errar
Correu pra rua para tentar entender
Viver. Tem coisa que você só aprende lá
Primeira tatuagem foi com 13 anos
Riscou, riscou, já não dá para pagar
Enquanto o outro dizia: É melhor ter cuidado
Nosso corpo é templo, não dá para errar
Lembra a primeira vez que subi o balão?
Na mente a sensação de liberdade
O outro preferia viver caretão
Não mexo com isso não
Tudo isso é vaidade
Um se sentia tão velho
Outro se achava tão novo, tão novo
Um deles era tão sério e o outro era tão louco, tão louco
Dizem que somos tão jovens
E ao mesmo tempo tão loucão loucos
Hoje eu me sinto tão sério, cansado, mas tento mais um pouco
Que tenta mais um pouco
Um só pensava em fazer o futuro
O outro só vivia o presente
De vez em quando ele pulava o muro
Sabe como é, isso não segura a gente
Um tinha muito medo, outro coragem demais
Escutava os pais e sem medo ele foi
Vivia do seu jeito, batia no peito
Não levo desaforo, mas igual ele tinha um um monte
O outro assistia TV na sala de estar
Se deparou com uma notícia ruim de aceitar
O cara que era tão novo, morreu por tão pouco
E a história desse cara, ele viu de perto e sabia contar
Um se sentia tão velho
O outro era tão novo, tão novo
Um deles era sério, muito sério
E o outro era tão louco, tão louco
E o Sol sempre vai nascer de novo
E cada nascer do Sol
Eu me sinto velho, eu me sinto louco
Me sinto velho, eu me sinto novo
E a cada nascer do Sol
Me sinto velho, me sinto novo