Sou dançador, me criei desse jeito
Danço o que for não tenho preconceito
Se a gaita ronca já fico assanhado
E saio dançando de rosto colado
Não perco um baile bem abagualado
Sempre pilchado e de chapéu tapeado
O mundo lá fora pode se acabar
Que eu só saio daqui quando a gaita parar
Eu danço xote, chamamé, danço rancheira
Sendo baile de galpão arrasto o pé a noite inteira
E a sala enche numa vaneira socada
Capricha gaiteiro véio, uma vaneira abagualada