Sinto-me livre
Prezo a tudo criado
Por tudo criado
Engolido sem perceber
Definhando por dentro
Tocar o vento em si mesmo
Tocar o corpo tateando a face, lacrimejando olhos
Alimentando os sentidos
Poros respirando vento
Sentindo a natureza
Sou a vida a cada vida

Sou o real a cada dia
Sou perto da terra do mar e do céu. Estereotipo despido
Em segundos envolvidos a terra
Em instante sinto minhas folhas a cair
Sinto-me voar ao vento
Estou inerte ao vento
E passo a falar ao vento

Você, ventos dos ventos tu és
Forte, ágil, devastador uma brisa, e por tudo ser o vento parta alguém ou em alguém
Falo ao vento após as lágrimas
A cada silêncio
A cada momento que estou longe de tudo
Não é que estou longe de tudo
Quando é e que poderia ser que falo ao vento?
Apenas silêncio... Pois não sei falar ao vento após as lágrimas
Apenas te sinto vento!