Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti
Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti

Meu ranchinho na beira da estrada
Que um dia eu fiz pra sozinho viver
De repente se encheu de alegria
Com os olhos bonitos do meu bem-querer

Quando à tarde eu chegava cansado
Sentava com ela na sombra do oitão
Entre abraço e beijos de amor
Feliz saboreava o meu chimarrão

Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti
Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti

Pois um dia deixei o meu pago
Deixei o meu rancho e a China que eu quis
Fui em busca de fama e dinheiro
Porém, na verdade, nunca fui feliz

Me enganei, pois, pensava encontrar
A luz do caminho na luz da cidade
E hoje lembro do rancho e da China
E minha alma padece de tanta saudade

Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti
Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti

Que isto possa servir de exemplo
Pra quem se dá conta que a vida é assim
Deixei tudo e me fui pra cidade
E hoje a saudade é quem fala por mim

Pois, tem gente que pensa que é gente
Cantando no rádio se sente feliz
Mais não sabe que eu daria tudo
Pra ter novamente o que tive e não quis

Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti
Meu ranchinho de barro e capim, onde ha tempos, feliz eu vivi
Tu viraste tapera sem mim, e eu padeço distante de ti

(Meu forte abraço bem missioneiro
A esse grande talento do Rio Grande, Adair de Freitas
Que Deus te abençoe taura véio)